Cortes bovinos ficaram 3,78% mais caros, enquanto suínos e de frango subiram respectivamente 2,35%e 1,64%

Apesar da queda no preço geral dos alimentos verificada entre os meses de agosto e setembro, a carne não acompanhou esse movimento e subiu acima da inflação. a Pesquisa do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) mostra que os cortes bovinos foram reajustados em 3,78% em média, enquanto que os suínos encareceram 2,35%. A carne de frango ficou 1,64% mais cara. Os dados foram coletados entre os dias 8 e 9 deste mês em 39 açougues em oito regiões de Belo Horizonte. A inflação do período, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPC-A), foi de 0,35%.

Por item pesquisado, os maiores reajustes ocorreram no músculo traseiro e dianteiro (6,94% e 6,57%, respectivamente), no acém (6,03%) e no miolo de acém (5,98%). Entre os cortes suínos destacam-se o pernil traseiro sem osso (5,69%) e o lombo (5,06%). No segmento de aves, a coxa subiu 4,16% e o frango resfriado, 3,06%.

Não foi verificada nenhuma redução entre os 17 cortes bovinos pesquisados. No caso da carne de porco, ficaram mais baratos o suã especial (-7,64%) e o pernil dianteiro sem osso (-1,33%). A sobrecoxa de frango também passou a custar 1,16% menos, em média.

O Procon Assembleia encontrou ainda grande variação de preços para um mesmo produto entre um estabelecimento e outro. A diferença, em alguns casos, supera os 100%, como no preço do pernil com osso, cuja variação entre o açougue mais caro e o mais barato chega a 166,87%. Destaca-se também a coxa de frango, com diferença de 144,49%. O suã especial até registrou um percentual bem mais alto, de 456,56%, porém os pesquisadores constataram que a qualidade desse corte também varia muito entre os estabelecimentos.

Na análise por região, a Pampulha se destacou por ter promovido os maiores reajustes nos três tipos de cortes. Por outro lado, no Barreiro houve redução média no preços da carne suína (-1,99%) e do frango (-4,65%).



Veículo: Estado de Minas