O mercado brasileiro de suínos sinalizou uma maior acomodação nas cotações do suíno vivo durante a primeira semana de setembro. "Mesmo com o recebimento da massa salarial, as vendas no atacado seguiram normais, o que acabou estabilizando os preços do suíno vivo após as expressivas altas registradas durante a segunda quinzena de agosto, aponta a consultoria Safras & Mercado.
Segundo o analista da consultoria Allan Hedler, na sexta-feira passada, o quilo vivo era cotado em R$ 3,93 na média diária da região Centro-Sul, sinalizando valorização de 11,7% se comparado à média de R$ 3,52 em igual período do mês passado.
A exportações de carne suína in natura somaram 35,5 mil toneladas, queda de 18,7% ante mesmo período de 2013. Em relação a julho, as exportações de agosto sinalizam aumento de 2,9%. A média diária ficou em 1,7 mil toneladas, alta de 12,7% ante julho. Em receita as vendas ao mercado externo somaram US$ 130,4 milhões, com uma média diária de US$ 6,2 milhões, incremento de 13,1% em relação ao mês anterior. A estimativa, segundo Safras, é de bom desempenho nas exportações até o final do ano, o que certamente deverá alterar as cotações no mercado interno, visto que a disponibilidade interna tende a ser menor.
Abates - Segundo a consultoria, de maio a julho, os abates vêm registrando volumes ligeiramente maiores aos de igual período do ano passado, porém no acumulado do ano ainda sinalizam retração de 3,6%. De janeiro a julho, foram abatidas 18,45 milhões de cabeças contra as 19,13 milhões abatidas em igual período do ano passado. "A menor oferta de animais prontos para abate no mercado interno deverá sustentar as cotações nos bons níveis de preço atuais até o final do ano, visto que o mercado ainda espera por um aumento nas exportações de carne suína para os próximos meses", finaliza Hedler.
Veículo: Diário do Comércio - MG