Preço da carne sobe o triplo da inflação

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Alta acumulada no ano é de 12,32% contra 4,11% do INPC, segundo o Dieese

Uma alta superior a 12%, contra uma inflação de 4,11%, entre janeiro e agosto deste ano, fez o preço da carne bovina disparar no Estado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme apontam os levantamentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), nos últimos doze meses o reajuste no valor das carnes bovinas em território paraense ultrapassou a casa dos 18%, registrando aumento três vezes superior à inflação do período, que fechou o ciclo em 6,35% (INPC/IBGE).

As pesquisas do Dieese-PA mostram que, em agosto do ano passado, o quilo da carne bovina de primeira foi comercializado nos supermercados e feiras da Região Metropolitana de Belém a R$ 13,58, em média. Em dezembro, o mesmo produto foi vendido, em média, a R$ 14,29. Já em fevereiro, foi registrado um novo aumento, saltando para o preço médio de R$ 14,34. Os reajustes continuaram ocorrendo nos meses de março (R$ 14,98), abril (R$ 15,43), maio (R$ 15,60), junho (R$ 15,90) e julho (R$ 16,01). No mês de agosto, foi novamente apontada expansão de preços, ficando, em média, na casa dos R$ 16,05.

Conforme explica o supervisor técnico do Dieese-PA, Roberto Sena, no acumulado do ano, considerando os oito primeiros meses de 2014, as carnes bovinas tiveram aumento de 12,32%,  contra uma inflação de 4,11%. “Este aumento é maior ainda quando ponderamos os últimos doze meses, quando o preço do alimento consumido pelos paraenses teve uma alta acumulada de 18,19%, contra uma inflação de 6,35% calculada para o mesmo período”, explicou Sena. Ele destaca que, para este mês, o cenário mantém a expectativa de alta no preço do produto. “As nossas pesquisas, efetuadas nesta primeira semana de setembro, apontam novos reajustes”, revelou o supervisor do Dieese-PA.

Sena lembrou, ainda, que as carnes bovinas têm um importante peso na cesta básica das famílias paraenses e que as consecutivas altas no preço do produto têm contribuído fortemente para a carestia na alimentação básica das famílias do Pará. “Em agosto, a cesta básica custou R$ 301,52, montante que compromete quase metade do salário mínimo atualmente vigente (R$ 724)”, argumentou. O supervisor técnico do Dieese-PA informou também que a pesquisa foi feita nos principais açougues, mercados municipais e supermercados da Grande Belém.



Veículo: O Liberal - PA


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