Investidores acreditam em redução do consumo de carne

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Os preços de gado dos Estados Unidos estão desabando nas bolsas americanas, depois das altas recordes verificadas no mês passado enquanto investidores apostam que o consumo de carne pode diminuir no curto prazo.

Uma seca persistente na região central dos Estados Unidos resultou em uma restrição dos estoques de gados, levando os preços aos maiores níveis da história. Agora, durante o período mais quente do ano, quando o consumo de carne vermelha tipicamente diminui, investidores do mercado estão procurando sinais de menor demanda por hambúrgueres e bifes.

"Os mercados de animais subiram durante todo o verão, e agora traders estão se perguntando o quanto desse movimento refletiu fundamentos e o quanto foi apenas exuberância" já que aqueles que apostam na alta continuam a aumentar, disse Altin Kalo, um economista da divisão da indústria de alimentos da Steiner Consulting Group em Manchester.

Os investidores ampliaram suas apostas em preços mais altos em 3 4% na semana que se encerrou no dia 05 último, de acordo com a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities.

Fundamentalmente, o mercado possui hoje seu menor rebanho desde 1951. Enquanto as condições extremamente secas na maior parte dos estados onde há criação de bois, como o Texas, ficaram moderadas neste ano, alguns fazendeiros estão conservando animais de raça para ampliar seu rebanho, no lugar de vendê-los para o abate.

Além disso, a carne de boi enfrenta a competição com a de porco e de aves domésticas, já que os cereais mais baratos em anos usados na alimentação devem resultar em mais animais, e mais pesados. Se o estoque de porco e aves crescer, os preços dessas proteínas nas lojas podem diminuir.

Estoques de porco e aves podem também aumentar por causa de sanções internacionais. Na quinta-feira, o primeiro ministro da Rússia disse que o país vai restringir a importação de carne, porco e aves dos Estados Unidos.

Os preços de carne de boi caíram para US$ 2,6045 a libra na sexta-feira, mas esse montante ainda é mais que o dobro do custo do frango ou do porco.


Veículo: Diário de Pernambuco




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