Resultado do setor no primeiro semestre em Santa Catarina foi melhor do que o nacional, que teve avanço de 1% no período
A avicultura catarinense teve um bom começo em 2014. O volume de abates cresceu 4,8% no primeiro semestre deste ano, contra 1% da média nacional. O abate mensal médio foi de 150 milhões de cabeças.
De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Luís Adalberto Stabile Benício, em reunião da entidade realizada ontem, na Aurora Alimentos, entre os grandes produtores, o Estado foi o que mais cresceu.
Benício disse que um dos fatores que influenciou o crescimento foi o fato de, no ano passado, algumas empresas terem assumido e retomaram a produção de companhias que estavam em crise em 2012 como por exemplo a JBS, que assumiu a Tramonto, e a Aurora, que assumiu a unidade da Diplomata em Xaxim.
– Recuperamos um pouco do espaço – complementou o diretor geral da Acav, Ricardo Gouvêa, que também esteve em Chapecó.
Nos últimos anos Santa Catarina perdeu a liderança na produção e exportação de aves para o Paraná, principalmente em virtude do déficit de milho. Por isso a implantação das ferrovias Norte Sul (Milho) e da Ferrovia da Integração (Leste Oeste) está entre as principais demandas da entidade com o governo federal. Para o governo do Estado, além do investimento na produtividade de milho, uma das demandas é a melhoria da rede elétrica no interior.
Empresas devem investir na modernização de aviários
O presidente da Acav explicou que as empresas devem investir na modernização dos aviários, pois uma estrutura nova aumenta a conversão alimentar em 3% a 4%. Benício afirmou que apesar dos problemas econômicos da Argentina, o impacto não será significativo nem no setor de aves, nem de suínos.
O motivo é que o embargo norte-americano para a Rússia deve aumentar as compras de carne do Brasil. Além disso, o aumento de preços no mercado norte-americano está levando outros países a procurarem o Brasil, como o México.
– Podemos vender 100 mil toneldas de peru por ano para os mexicanos – calcula Benício.
Mesmo com a alta procura e perspectiva de aumento no mercado internacional, o presidente da Acav não prevê aumentos significativos do preço do frango para o consumidor brasileiro.
De acordo com ele, a expectativa do setor é ter um segundo semestre de melhor desempenho na produção nacional.
Em 2014 o Brasil deve produzir cerca de 13 bilhões de toneladas de carne de frango, exportando próximo de 4 bilhões de toneladas, o que representa US$ 8 bilhões somente em vendas externas.
Veículo: Diário Catarinense