Preço do peixe sobe mais que o dobro da inflação

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Aumento supera os 900% no período do Plano Real, com a inflação em 375%



Nos 20 anos de Plano Real, o preço do pescado no Pará teve um aumento médio superior a 800%, contra uma inflação acumulada de 375%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo apontam os levantamentos do Dieese-PA, os principais reajustes foram verificados nos pescados mais procurados pela população de menor poder aquisitivo. As pesquisas mostram ainda que o Pará está entre as unidades federativas do País com maior produção de pescado, 180 mil toneladas anuais comercializadas no mercado interno e externo.

Nas duas últimas décadas, a espécie que apresentou a maior alta de preços foi o bagre, com elevação de 901,52%. Em seguida, a Pratiqueira, com reajuste de 828,21%. Completando a lista das cinco espécies com maior expansão de valor, aparecem a gurijuba (825%), seguida da sarda (814,55%), e da piramutaba  (740,40%). Outros tipos de pescados também registraram aumentos consideráveis de preços, como foi o caso do peixe-serra (709,17%), da tainha (689,94%), do cação (6770%), do xaréu (637,07%) e da pescada branca (541,78%). Já no caso dos pescados considerados de primeira, o filhote apresentou o maior reajuste, com alta acumulada de 728,76 %; seguido da dourada (616,67%) e da pescada amarela (604,07%).Ao longo dos últimos 20 anos, a inflação fechou em 375,00% e a maioria dos salários, exceto o mínimo, não chegaram aos mesmos patamares.

Conforme avalia o supervisor técnico do Dieese-PA, Roberto Sena, o Pará precisa de um enteposto pesqueiro, pois responde por quase 50% da produção pesqueira de toda a região Norte. “Esta produção gigantesca do Pará representa mais de 15% de toda a produção nacional. São aproximadamente 180 mil toneladas por ano de produção, e mesmo assim o paraense continua pagando absurdamente caro por um quilo de peixe”, reclama. Sena aponta como solução a implantação de uma política pesqueira em todas as regiões do Estado. “A ausência de medidas que contribuam com o setor pesqueiro local faz com que o povo paraense usufrua pouco da prerrogativa de ser o Pará um dos maiores produtores do pescado do País”, aponta.



Veículo: O Liberal - PA


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