Preço do suíno avança em várias praças

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O mercado brasileiro de suínos segue com um cenário bastante promissor tanto interna quanto externamente. Segundo o analista de Safras & Mercado Allan Hedler, a primeira semana de julho foi marcada por um bom desempenho no preço do quilo vivo ao produtor e no atacado.

Ele destaca que a média diária de preços do suíno vivo teve alta de 1,7% na semana, passando de R$ 3,28 para R$ 3,33. "As principais altas registradas foram em São Paulo, onde a arroba passou de R$ 71 para R$ 74, o que remete a um preço médio por quilo vivo de R$ 3,95. No Paraná, houve alta de R$ 0,15 em Arapoti, Castro e no Oeste do Estado, com o quilo do animal vivo cotado a R$ 3,40, ante os R$ 3,25 da semana passada", comenta.

No interior de Minas Gerais, Hedler destaca que o quilo vivo passou de R$ 3,60 para R$ 3,70, enquanto que o suíno independente passou de R$ 3,30 para R$ 3,40. Já no Rio Grande do Sul, foi registrada alta de R$ 0,09 no interior, onde o produtor passou a receber R$ 3,52 pelo quilo vivo. "Nas demais praças houve estabilidade nas cotações do suíno vivo", disse.

No atacado, a média da carcaça passou de R$ 5,08 para R$ 5,14. "Os aumentos foram puxados pelas alterações de preço em São Paulo para a carcaça comum, especial e exportação, de 2,0%, 1,9% e 4,9%, respectivamente, bem como pelo incremento de preço verificado para a carcaça exportação no Paraná, que passou de R$ 5,24 para R$ 5,26", pontua.

No pernil, Hedler disse que a média de preço passou de R$ 6,56 para R$ 6,59, por conta da alta de 1,6% e 1,5% verificadas em Minas Gerais e no Paraná.

Nas exportações, o analista ressalta que o desempenho da carne suína in natura em junho foi promissor, alcançando 38,9 mil toneladas, 25,8% a mais que as 32,5 mil toneladas registradas em maio e 13% a mais frente às 34,3 mil toneladas embarcadas no mesmo mês do ano passado, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Comércio Exterior. "A receita ficou em US$ 157,1 milhões em junho, 50% a mais que os US$ 110 milhões obtidos em maio e 78,1% à frente dos US$ 88,2 milhões obtidos no mesmo mês do ano passado", sinaliza. Hedler acredita que os embarques totais de carne suína em junho possam ficar em 47 mil toneladas.

No acumulado do primeiro semestre, dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontaram que as exportações de carne suína in natura realizadas entre janeiro e junho deste ano registraram queda de 1% em relação ao ano anterior, totalizando 200,7 mil toneladas no período. Já em receita, houve crescimento de 12,6%, com US$ 635,9 milhões.

Apesar da queda no volume acumulado durante os seis primeiros meses do ano, Hedler afirma que as perspectivas seguem muito positivas para o Brasil nos próximos meses, especialmente em função de previsão de um aumento de compras por parte da Rússia, que deixou de importar dos Estados Unidos em razão dos casos de diarreia epidêmica suína.


Outras regiões - A análise de preços de Safras & Mercado apontou ainda que o preço do quilo vivo na integração do Rio Grande do Sul seguiu em R$ 2,91. No mercado catarinense o quilo vivo seguiu em R$ 2,95 na integração e em R$ 3,50 no interior. No mercado integrado do Paraná, o quilo vivo subiu deR$ 3,18 para R$ 3,19.

Em Goiás o quilo vivo permaneceu em R$ 3,70. No Mato Grosso do Sul, o quilo vivo apresentou estabilidade em relação à semana passada, tanto em Campo Grande quanto na integração, apresentando preços, respectivamente, de R$ 3,60 e R$ 3,10. No Mato Grosso, o quilo do animal vivo permaneceu em R$ 2,83 na integração. Em Rondonópolis, a cotação continuou em R$ 2,85. (Da Redação)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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