Oferta da JBS Foods terá resistência dos investidores

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A Oferta Pública Inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da JBS Foods - unidade de aves, suínos e industrializados da JBS no Brasil - tem pela frente desafios relevantes para ser colocada no mercado. O momento é difícil para esse tipo de operação, já que os investidores estão bastante seletivos, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Apesar de não ser o cenário apropriado, há pressão por parte dos bancos para que a JBS Foods acesse o mercado, uma vez que eles estão esperando pela primeira abertura de capital deste ano, que caminha para ser o pior da última década na BM&FBovespa.

A JBS Foods ainda não bateu o martelo sobre quando irá ao mercado, conforme fontes. A oferta pode tanto sair agora para aproveitar uma “pequena janela” que se abriu numa expectativa de piora do cenário ao longo de 2014 ou se arrastar até julho.

Na terça-feira, 20, a empresa protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de registro de companhia aberta e de oferta de distribuição primária e secundária. O segmento alvo da JBS Foods é o Novo Mercado, de mais elevado nível de governança corporativa da Bolsa, e onde são negociadas as ações ordinárias de sua controladora.

Além do cenário difícil em meio à seletividade dos investidores para ofertas de ações, pesa ainda na operação da JBS Foods o momento da unidade e do grupo JBS como um todo. Do lado da JBS Foods, o capital adicional impulsionará os planos de expansão da família Batista em aves, suínos e processados no Brasil e dará apoio à necessidade de capital de giro da operação.

No primeiro trimestre, quando os números da JBS Foods foram conhecidos pelo mercado pela primeira vez, já se observou melhora na comparação com o quarto trimestre, que é geralmente o mais forte para o setor alimentício.

Com relação à controladora, o recurso com o IPO pode aliviar o alto endividamento da companhia - que aumentou com a aquisição da marca Seara, que era da Marfrig - e deve apoiar o processo de "desalavancagem" do grupo. Entre janeiro e março, a empresa somou perdas de R$ 902,6 milhões com contratos de derivativos e seus débitos líquidos somavam R$ 23,679 bilhões.

Uma fonte lembra, porém, que, assim como na oferta subsequente (follow-on) da Oi, a participação de fundos de pensão e também do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode garantir que a operação consiga ir adiante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Veículo: Agência Estado


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