Frigoríficos seguraram as cotações em abril

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O mercado brasileiro de carne suína voltou a registrar quedas de preço ao longo da semana passada e acabou encerrando o mês de abril com um valor médio diário similar ao registrado em março na região Centro-Sul, de R$ 3,25. Segundo o analista de Safras & Mercado Allan Hedler, o preço do suíno vivo recuou sete centavos frente aos R$ 3,32 praticados na semana retrassada.

No atacado, a média diária da carcaça e do pernil na região Centro-Sul recuou nove centavos ao longo de abril na comparação com março, encerrando cotada a R$ 5,20.

Hedler destaca, entretanto, que os frigoríficos seguraram os preços neste fechamento de abril, pois é aguardada recuperação da demanda a partir da próxima semana, que marca o período de recebimento dos salários pela população. "Possivelmente, deveremos ter novo incremento de preços no curto prazo", projeta. "Também temos o dia das Mães à frente, o que deve manter indicativo de alta no mercado de carne suína nas próximas semanas", acrescenta.

Hedler projeta que as exportações de abril deverão atingir bom volume, superando as 34,9 mil toneladas embarcadas no mesmo mês do ano passado e as 38,3 mil toneladas registradas em março passado, alcançando em torno de 40 mil toneladas.

No que tange à oferta interna, dados consolidados indicaram que a produção de carne suína ficou em 800,5 mil toneladas no primeiro trimestre deste ano, 12,2% aquém das 912,1 mil toneladas embarcadas de janeiro a março do ano passado. "Esse volume mantém uma perspectiva de bons preços para o setor, por conta da oferta regulada internamente e pelo indicativo de bom incremento das exportações", pontua.

Preços - A análise de preços de Safras & Mercado indicou que, em São Paulo, a arroba suína finalizou o mês de abril cotada a R$ 68,00, queda de 2,9% ante os R$ 70,00 praticados no encerramento de março. Na integração do Rio Grande do Sul, o preço avançou 1,4% na variação mensal, passando de R$ 2,86 para R$ 2,90. No mercado independente gaúcho, por outro lado, passou de R$ 3,51 para R$ 3,41, indicando recuo de 2,8%.

Na integração catarinense o quilo vivo teve valorização de 1,8% entre o final de março e o encerramento de abril, com o quilo passando de R$ 2,85 para R$ 2,90. No mercado independente catarinense, o preço seguiu em R$ 3,40. No Paraná, o mercado livre encerrou abril com o quilo vivo cotado a R$ 3,30, superando em 4,4% o valor praticado no final de março, de R$ 3,16.

Em Minas Gerais, o quilo vivo caiu 5,4% no interior do Estado, de R$ 3,70 para R$ 3,50, enquanto no mercado independente a cotação do suíno recuou 5,9%, de R$ 3,40 para R$ 3,20.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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