Segundo acionista Luiz Fernando Furlan, a discussão não entrou na pauta da última assembleia
A mudança de sede da BRF de Itajaí para Curitiba não entrou na pauta da assembleia de acionistas da empresa realizada recentemente na cidade do litoral catarinense. A informação é do conselheiro e acionista Luiz Fernando Furlan. Ele é um dos membros independentes que representam os sócios da Sadia, empresa incorporada pelo grupo em 2009.
Apossível transferência de sede da gigante de alimentos mobilizou políticos catarinenses há cerca de dois meses. A causa principal seria a tributação maior no Estado, mas é forte a pressão para que a sede seja mantida em SC em função da maior arrecadação e por ser uma empresa de ponta que tem profissionais qualificados e nasceu da união de duas companhias da região Oeste.
– Meu coração é catarinense. Falo como acionista e membro do conselho. Não posso falar em nome da empresa. Pelo meu voto, a BRF vai continuar catarinense – afirmou.
Furlan participa do 13o Fórum de Comandatuba realizado pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, na Bahia. O empresário disse que foi categórico quando houve a fusão da Sadia com a Perdigão ao defender que a sede da nova empresa deveria permanecer em Santa Catarina.
– A sede era em Concórdia e aceitamos transferir porque concordamos que havia uma dificuldade logística – explicou.
A substituição do nome BRF por Sadia para a holding também não foi discutida pelo conselho, diz Furlan.
– Se houver essa ideia, vou ser muito simpático a ela – comentou.
Desde que Abilio Diniz comprou uma fatia do grupo e assumiu a presidência do conselho de administração, o mercado comenta a possibilidade.
A jornalista Julia Pitthan viajou para Comandatuba (BA) a convite do Lide, Grupo de Líderes Empresariais.
Veículo: Diário Catarinense