Desde o início do ano passado empresas associadas à Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) testam uma tecnologia conhecida como lacre eletrônico. A iniciativa é resultado de uma parceria entre Abiec, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Instituto de Tecnologia de Software, Ceitec e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo a Abiec, neste ano, começou a implantação em escala comercial que pode reduzir em até 50 horas o tempo de liberação da carga. Com o contêiner lacrado, as informações são repassadas automaticamente à Vigilância Agropecuária, ligada ao Ministério da Agricultura. A checagem é feita por meios eletrônicos no momento em que a carga chega ao porto. Com isso, é esperada uma sensível redução do tempo gasto com trâmites burocráticos na liberação de cargas, já que as informações necessárias estarão armazenadas num chip.
Para o presidente da Abiec, Antonio Camardelli, o investimento dos frigoríficos nos lacres eletrônicos é baixo, se comparado à economia que será feita com a redução do tempo das cargas nos portos. Estudos realizados apontam uma economia de R$ 15 milhões por ano para as indústrias com a redução do uso de energia elétrica na refrigeração de contêineres, além dos custos com armazenagem.
Na região, o frigorífico Frigol, de Lins, já testa a nova tecnologia para os contêineres que seguem rumo à Europa e aos Estados Unidos. No final desse primeiro trimestre os parceiros devem se reunir para fazer uma análise mais ampla da viabilidade do sistema e discutir os resultados.
O próximo passo do projeto prevê a integração das informações armazenadas no chip com os demais órgãos da cadeia produtiva.
Veículo: DCI