Lavouras de laranja avançam em Minas

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Demanda de agroindústrias é crescente no Estado; produção deve aumentar 5,85% neste ano



A produção de laranjas em Minas Gerais vem apresentando incremento nos últimos anos. A demanda aquecida por parte das agroindústrias, que utilizam a fruta principalmente para a produção de suco, é uma das justificativas para esse crescimento. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), somente para este ano é esperada produção de 946,5 mil toneladas no Estado, o que, se alcançado, representará um avanço de 5,85%.

A área em produção da fruta em 2014 é de 43 mil hectares, aumento de 9,11% frente ao espaço utilizado ao longo de 2013, que era de 39,5 mil hectares. A área em formação está em 11,37 mil hectares.

Apesar da expansão de área e produção, a produtividade dos laranjais ficou menor no período atual. Os motivos são a seca atípica registrada no início do ano e o aumento das áreas de formação. O rendimento médio em Minas Gerais estimado para 2014 é de 22 toneladas por hectare, retração de 2,99% frente às 22,6 toneladas colhidas por hectare no ano anterior.

Minas Gerais é o quarto maior produtor de laranja do Brasil, respondendo por 5,47% da produção nacional. Em primeiro lugar está São Paulo, que responde por 11,8 milhões de toneladas, ou 72,38% do volume total nacional. Em seguida, vêm Bahia, com 1,01 milhão de toneladas, e o Paraná, com 927 mil toneladas.


Maior produtor - No Estado, a maior produção - 75% do volume estadual - está no Triângulo Mineiro, região próxima a São Paulo onde estão concentradas as maiores empresas processadoras de laranja. Na região, são produzidas anualmente 717,5 mil toneladas em um espaço de 31,9 mil hectares. Em relação à produção de 2013, a colheita da laranja no Triângulo ficará 7,55% maior, impulsionada pelo aumento de 12,97% na área. A produtividade média das lavouras é de 22,4 toneladas por hectare, queda de 4,8% frente ao ano passado.

O maior município mineiro produtor é Comendador Gomes, no Triângulo, onde devem ser colhidas 200,2 mil toneladas da fruta em uma área de 9,1 mil hectares. A produtividade média é estimada em 22 toneladas por hectare.

Em Frutal, na mesma região, a produção em 2014 será de 196 mil toneladas, uma retração de 2,9% frente à produção anterior. A estiagem prolongada justifica a queda. O rendimento médio por hectare caiu de 22,5 toneladas por hectare para 20 toneladas por hectare, 11,5% inferior. A área produtiva é de 9,8 mil hectares. O município é o segundo maior produtor do Estado.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), escritório de Frutal, Luís Guilherme Brunhara Postali, a maior parte da produção de laranjas do município tem como destino agroindústrias processadoras da fruta.

"A produção na região vem mantendo certa estabilidade ao longo dos últimos anos, mas a renovação dos pomares é constante. Os investimentos são incentivados pela demanda elevada da indústria presente, principalmente, em São Paulo. A produção é vantajosa, uma vez que os preços são mantidos acima dos custos de produção", explica Postali.

Outro município da região do Triângulo que vem mostrando grande potencial na produção de laranjas é Monte Alegre de Minas. Atualmente, a área plantada é de 3 mil hectares, com expectativa de produção de 39 mil toneladas ao ano. A produtividade dos pomares é de 13 toneladas por hectare. De acordo com o representante da Emater-MG local, Romeu Ferreira de Moura, a primeira safra do município será colhida em 2015.

"Devido à instalação de uma unidade processadora próxima ao município, os produtore locais resolveram diversificar as atividades e apostar na laranja. Por isso, nossos pomares são novos a produtividade é menor do que nas demais regiões produtoras. Nossa expectativa é colher a primeira safra já em 2015", disse.


Preço - Em relação aos preços, o quilo da laranja é negociado em torno de R$ 0,69, valor 12% inferior ao praticado no mês anterior. A queda se deve ao período de safra. Em igual mês de 2013, o mesmo volume era negociado a R$ 0,63.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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