Cooxupé aposta no setor de cosméticos

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A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) e a Aqia Química Industrial lançaram ontem uma joint venture para o fornecimento de óleo e biomassa de café. O presidente da cooperativa, Carlos Alberto Paulino da Costa, afirmou que, inicialmente, serão fornecidos óleo, torta e torta torrada de café, provenientes de 100 sacas de 59,5 quilos.

"Acredito que depois de um tempo, esse volume será muito maior que o do lançamento", disse. A linha lançada, Aqia Coffee, terá sete componentes, que poderão ser utilizados na indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia. A parceria exclusiva foi fechada no ano passado e a Cooxupé terá participação nos resultados da comercialização dos produtos da Aqia Coffee.

A aposta da cooperativa, a maior de café do mundo, é de diversificar os negócios, atuando também no fornecimento de matérias-primas. Foram cinco anos de pesquisas com universidades, além de investimentos de R$ 5 milhões a R$ 7 milhões, em pesquisa e maquinário. A fábrica que extrai os derivados, em Guaxupé, foi inaugurada no ano passado.

O sócio fundador da Aqia Industrial, Alaor Pereira Lino, explicou que o mercado de cosméticos no Brasil vem crescendo nos últimos anos, tanto em volume quanto em receita. "Nos últimos anos, o valor médio de cada produto tem aumentado, existe uma preocupação em aumentar a qualidade dos cosméticos brasileiros", disse.

Produção - O presidente da Cooxupé confirmou que a colheita de café arábica em 2015/16 na área de atuação da cooperativa será menor. "Haverá uma quebra de safra, mas ainda é difícil dizer de quanto será a queda", disse. Segundo ele, por causa do clima menos favorável o percentual de grãos miúdos cresceu. A colheita de arábica apresenta 22% de grãos de peneira 17/18, mais valorizados. Em anos anteriores, café com esta classificação representava 30% da safra.

"O problema principal não foi a seca, mas temperaturas muito altas em dezembro do ano passado e janeiro desse ano", explicou Paulino. Ele citou áreas de cerrado, onde há irrigação e mesmo assim a safra tem percentual expressivo de grãos miúdos.

Segundo ele, em regiões mais altas, acima de 800 metros, onde as temperaturas são amenas, a produção foi melhor. No caso do café conilon, o maior problema foi mesmo a falta de chuvas regulares. "As plantas de conilon são mais adaptadas a temperaturas altas, mas até quem tem sistema de irrigação não tinha água para irrigar", ressaltou.

As altas temperaturas e a falta de chuvas regulares também provocarão impacto na produção de café no ciclo 2016/17, disse o presidente da Cooxupé. "O crescimento das plantas não foi bom e o café, como outras plantas perenes, cresce nos ramos que nasceram no ano anterior", explicou Paulino. O regime de chuvas nos próximos meses deve influenciar a florada da próxima temporada.

A previsão é de que a cooperativa receberá 5,2 milhões de sacas de seus cooperados, em linha com o registrado no ano passado. "Só não teremos queda no volume recebido porque aumentamos o número de cooperados neste ano", afirmou o presidente da Cooxupé, que estimou um incremento de 15% na área dos cooperados.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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