Imposto fica como está, diz Abihpec

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O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basilio, disse ontem ao Valor que não há qualquer estudo no governo para aumentar a arrecadação de impostos do setor.

 

 



Basilio esteve ontem em Brasília, acompanhado de executivos de grandes indústrias - Natura, Avon, Boticário, Unilever, P&G, L'Oréal Colgate-Palmolive, Hypermarcas e Johnson & Johnson. A comitiva se reuniu com o futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o senador Armando Monteiro (PTB-PE), e apresentou dados do setor, cujas vendas ao consumidor somaram R$ 91,6 bilhões em 2013.

Os executivos não conseguiram uma audiência com o secretário-executivo da Fazenda, Paulo Caffarelli, mas Basilio conta que recebeu uma ligação dele quando já estava no aeroporto. "O [Paulo] Cafarelli disse que não há estudos e que posso passar de ano tranquilo", afirmou Basilio. "Não há garantia de que esse assunto não volte à tona no novo governo, mas não seremos pegos de surpresa".

Em fevereiro, o Valor informou que o governo estudava estender às distribuidoras de cosméticos a cobrança do PIS/Cofins, hoje restrita às fabricantes. Grandes companhias do setor constituíram empresas diferentes para distribuição e fabricação, o que vinha sendo contestado pela Receita Federal.

O governo suspendeu o plano em março e prometeu procurar o setor antes de retomar a análise. O jornal "Folha de S. Paulo" reportou, no dia 1º, que o governo teria voltado a estudar o caso, o que surpreendeu a Abihpec.

"Nós achamos que penalizar um setor que tem demonstrado altas taxas de crescimento iria no sentido contrário do interesse do próprio país", disse ontem ao Valor o presidente da Natura, Roberto Lima, antes da negativa do governo. O executivo não comentou qual seria o efeito da mudança tributária para a Natura. O Goldman Sachs calcula que o impacto seria de um recuo de 57% no lucro por ação da companhia, segundo relatório divulgado na segunda-feira, que considerava que a alíquota para o imposto seria mantida.

Na semana passada, o presidente da Hypermarcas, Claudio Bergamo, disse que apenas 15% da receita da empresa seria impactada por tal medida. A maior parte dos negócios da companhia é do setor farmacêutico.



Veículo: Valor Econômico


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