Queda de demanda no Brasil e China pressiona lucro da Colgate

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A Colgate-Palmolive registrou lucro de US$ 542 milhões no terceiro trimestre do ano, o resultado representa um recuo de 17% ante o mesmo período do ano passado.

 



A demanda fraca nos mercado emergentes, como Brasil e China, somada a valorização do dólar contribuíram para o desempenho negativo.As mudanças no cenário econômico mundial têm levado as empresas norte-americanas com grandes operações internacionais a ajustarem as expectativas. O movimento ocorre após mais de uma década aproveitando os benefícios que o dólar mais fraco trouxe sobre o lucro das empresas.

O dólar mais forte deve levar a desaceleração de 3% a 4% no crescimento do lucro por ação da Colgate, declarou a companhia em comunicado. Anteriormente, a empresa esperava expansão entre 4% e 5% no lucro. Considerando o lucro líquido no trimestre, o valor por ação caiu para US$ 0,59 contra US$ 0,70, um ano antes.

Emergentes

O lucro operacional do terceiro trimestre na América Latina foi de US$ 330 milhões, valor 8% menor na comparação com o mesmo período de 2013. A Colgate atribuiu parte das perdas ao aumento nos custos com matéria-prima, mas disse que compensou parcialmente as perdas reduzindo despesas.Na América Latina, as vendas líquidas caíram 4,5% no trimestre, ante 2013.

A empresa, que detém uma fatia de 45% do mercado mundial de cremes dentais, concentra nos mercado emergentes cerca de 50% de suas vendas líquidas e viu esse volume de vendas enfraquecer nos últimos meses deste ano.O ritmo fraco da economia brasileira foi apontado pela companhia como um dos agravantes para o resultado negativo e o cenário na China foi classificado como a pior desaceleração em 24 anos.

Os ganhos em volume na América Latina foram liderados pela Venezuela, México e Colômbia e compensaram parcialmente as quedas de volume no mercado brasileiro.Já a liderança da Colgate no segmento de pastas de dente em toda a América Latina se manteve durante o terceiro trimestre de 2014, com o Chile e o Peru atingindo elevadas cotas de participação no mercado consumidor desses países.

De acordo com a Reuters, apesar do recuo na região, as vendas orgânicas no terceiro trimestre deste ano, que excluem o impacto de aquisições, desinvestimentos e câmbio, cresceram 6% no mercado latino americano, frente a igual período de 2013. Na Europa o avanço foi de apenas 0,5%, na Ásia 1% e na África 4,5%.



Veículo: DCI


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