Maior produção e demanda fraca devem pressionar preço do leite no 2º tri

Leia em 2min

Os preços do leite pago ao produtor em patamares superiores aos observados no início de 2018 devem fomentar a produção local de leite no Brasil, segundo avalia o Rabobank em seu relatório trimestral sobre o setor. O banco, contudo, ressalta que a baixa perspectiva de demanda no país diante do elevado índice de desemprego e dos efeitos da recessão dos últimos anos devem pressionar o mercado local até o final de junho (segundo trimestre).

 

“Com as margens dos pecuaristas de leite em níveis positivos no final do primeiro trimestre de 2019 e custos de produção razoáveis, a produção pode continuar avançando a uma taxa de 2% (na comparação com o segundo trimestre de 2018) e limitar o aumento nos preços nos próximos meses”, avalia o banco em nota na qual aponta que a economia brasileira está em “modo de espera”, o que contribui para um demanda tímida nos próximos meses.

 

Do lado da indústria, o Rabobank desta a estabilidade nos preços do leite UHT e do queijo mussarela nas últimas semanas mesmo diante dos altos preços do leite na fazenda. O cenário, na avaliação do banco, indica que os processadores estão enfrentando dificuldades para repassar os preços do leite cru para os consumidores. “Como resultado desse cenário, as margens diminuíram para o setor durante o primeiro trimestre e pressionaram os processadores”, conclui a instituição financeira.

 

Em relação às importações, os analistas do Rabobank esperam crescimento tanto em valor quanto em volume este ano, acompanhando o movimento observado desde o início do ano. Segundo o relatório, as aquisições brasileiras de leite no mercado internacional avançaram 40% nos dois primeiros meses de 2019 na comparação com igual período do ano passado. No caso do queijo, esse aumento foi de 24%.

 

“É provável que as importações continuem crescendo em relação a 2018, uma vez que a base de comparação não é tão alta e que os preços atuais do leite continuam atraentes no Brasil quando comparados com os países vizinhos. No entanto, a taxa de câmbio, como sempre, terá uma grande participação na determinação de quão atraente será a importação nos próximos meses”, alerta a instituição financeira.

 

Fonte: Portal DBO

 


Veja também

Produtores de ovos artesanais de Páscoa comemoram vendas

Para quem trabalha com chocolate, a Páscoa é considerada o Natal do setor. A data movimenta não s&o...

Veja mais
Carne bovina: sem espaço para altas de preços no varejo

Em São Paulo, por exemplo, na média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria, as cotaç&...

Veja mais
Varejistas brasileiras se inspiram na Amazon para oferecer mais facilidade a consumidor

A abertura do centro de distribuição da varejista on-line americana Amazon no Brasil, em janeiro, tem sido...

Veja mais
Empreendedorismo na Páscoa ajuda a impulsionar as vendas de atacarejos

Diante do recrudescimento dos níveis de desemprego do País, os atacarejos aumentaram a atençã...

Veja mais
Linha de Páscoa e Bebês

A Qualitá, marca exclusiva das redes Extra e Pão de Açúcar, anuncia novidades para a P&aacut...

Veja mais
Páscoa movimenta comércio da região

A Páscoa é uma época de muita tradição em todas as regiões do Brasil. Segundo ...

Veja mais
Comércio do Rio estima aumento de 2% nas vendas para a Páscoa, indica levantamento

O comércio estima aumento de 2% nas vendas para a Páscoa deste ano, impulsionado pela compra de chocolates...

Veja mais
Chocolate e outros produtos dos ovos de Páscoa estão até 20% mais caros

  A Páscoa deste ano será um pouco mais "amarga". Os preços do chocolate e de outros ingredie...

Veja mais
Indústria espera reduzir dependência de importação do trigo da Argentina

A indústria do trigo acredita que a cota de importação sem incidência de alíquota para...

Veja mais